sexta-feira, 27 de junho de 2014

Absorção Iônica



     As proteínas bombas presentes na plasmalema e no tonoplasto transportam H+ do citoplasma para a parece e suco celular, respectivamente, com gasto de energia, ou seja, ATP, esse transporte é denominado ativo primário. Dessa forma, o resíduo de carga do citoplasma se torna negativo e da parede celular e do suco celular se tornam positivos (ΔEQ).
     Os cátions presentes na parece celular e no suco celular irão adentrar o citoplasma de forma passiva através das proteínas transportadoras, pelo fato de estarem indo a favor do ΔEQ. Os cátions presentes no citoplasma irão para a parede celular ou para o suco celular através do transporte ativo secundário antiporte, devido a parece celular e o suco celular apresentarem resíduo de carga positivo, devido a alta concentração de H+. Dessa forma o H+ se liga a proteína transportadora do lado da parede celular e do suco celular, enquanto o cátion se liga a proteína transportadora do lado do citoplasma, sendo transportados conjuntamente em sentidos contrários.
     Os anions presentes na parede celular e suco celular ao serem transportados pela proteína transportadora para o citoplasma irão se ligar à proteína transportadora do mesmo lado que o H+, sendo transportados conjuntamente no mesmo sentido, transporte chamado de ativo secundário simporte. Todo o ânion presente no citoplasma irá para a parede celular ou para o suco celular de forma passiva, pois vai a favor do gradiente eletroquímico.

Fase Fotoquímica da Fotossíntese

A etapa fotoquímica da fotossíntese (FS) ocorre na membrana no tilacóide, sendo que as proteínas envolvidas no processo são o fotossistema II (FSII), o qual é uma proteína transmembrana composto por um complexo liberador de oxigênio (CLO), pelo centro de reação II (CRII) e pela feofitina (PHEO); a plastoquinona (PQ) que quando carregada com elétrons é convertida em plasthidroquinona (PQH2), a qual é uma proteína móvel; o citocromo B6F (CitB6F); uma segunda proteína móvel denominada plastocianina (PC); o fotossistema I (FSI), que por sua vez é composto pelo centro de reação I (CRI) e várias outras proteínas; a ferrodoxina (FD); e, por fim, a ATP-sintase.
O início da fase fotoquímica da fotossíntese se dá com a fotólise da molécula de água no CLO. Para que haja a liberação de um O2 é necessária a oxidação pela luz de duas moléculas de água, tendo a geração de 4 prótons (H+) e 4 elétrons (e-), sendo que cada um desses e- irá reduzir um átomo de manganês (Mn) presente no CLO e os 4 H+ e o O2 serão liberados no lúmen.
O CRII é formado por aproximadamente 250 clorofilas, sendo a clorofila “a” o pigmento essencial, assim chamado pois somente este composto é capaz de inserir o e- na cadeia transportadora da fase fotoquímica da fotossíntese, está presente em todos os seres fotossintetizantes. A CRII é protegido por um CCL II, o qual é formado por pigmentos acessórios que irão proteger a clorofila “a” da fotoinibição (oxidação pelo excesso de luz), absorvendo formas de radiação com comprimentos de onda mais curtos, ou seja, mais energéticos. A clorofila “a” presente no CRII é a P680, tendo esta recebido o e-, pela oxidação do átomo de Mn, e um fóton de 680nm, irá elevar o e- a nível da PHEO e voltará a forma oxidada para que possa receber outro e-, não sendo necessariamente a mesma molécula de clorofila que irá receber o e-.
Depois que a PHEO for reduzida ela atuará como agente oxidante e transferirá o e- para a PQ, que tem por função a transferência de e- do FSII para o Cit b6f (proteína ferro-enxofre), além da transferência de H+ do estroma para o lúmen. Para que a PQ seja reduzida a PQH2 ela precisa de 2 e- e 2 H+ os 2 H+ (advindos do estroma do cloroplasto), a PQ ficará ligada ao FSII até a sua completa redução, dando origem a PQH2, permitindo que ela se locomova até o Cit b6f, onde ela permanece até a sua completa oxidação.
O Cit b6f precisa de apenas um e- para ser reduzido, sendo assim para que a PQH2 seja oxidada, o Cit b6f, depois de ser reduzido, precisa ser oxidado novamente para receber o outro e-, de modo que a PQH2 possa ser completamente oxidada. Para que o Cit b6f seja oxidado, ele atua como agente redutor sobre a PC, podendo voltar a sua forma oxidada e receber o 2º e-. Depois que a PQH2 é completamente oxidada, ela transfere os 2 H+ utilizados para a sua redução no lúmen no tilacóide, voltando a sua forma original.
A PC (proteína móvel) é reduzida junto ao Cit b6f, e transfere esse e- para o FSI e volta ao Cit b6f para ser reduzida novamente, recebendo o 2º e- e levando-o para o FSI, o qual possui um CRI, que contém uma P700 (clorofila “a”), protegido por um CCL I, da mesma forma que o CRII. A PC irá ser oxidada, tendo poder redutor sobre a P700, do CRI, voltando a sua forma oxidada e irá voltar para o Cit b6f para ser reduzida novamente.
Quando a P700 recebe o e- não há mais energia, sendo assim é necessário a absorção de um fóton de 700nm ou energia por ressonância advinda do CCL I, correspondente a 700nm, de modo que o e- seja elevado a nível da FD, a qual precisa apenas de um e- para ser reduzida, transportando-o para o NADP+, que precisa de 2 e-, sendo assim o 2º e- da cadeia transportadora, também irá receber a energia do fóton de 700nm para ser elevado até a FD, que irá transportar o e- para o NADP+, que será convertido a NADPH, com a adição de mais 1 H+ (advindo do estroma):
2e- + 1H+ + NADP+ à NADPH
O 3ºe 4º e- realizam o mesmo caminho. A passagem desses 4 elétrons tem um gasto de 4 fótons de 680nm e 4 fótons de 700nm, e a liberação de 8 H+ no lúmen do tilacóide. A cada 3 H+ que a ATP-sintase manda do lúmen para o estroma, é sintetizado 1 ATP:
3H+ à Pi + ADP à ATP
Essa produção de ATP mediante a absorção de luz é denominada de fotofosforilação (FF), sendo a passagem dos 4 e- chamada de FF acíclica ou aberta.
Entretanto para que ocorra uma otimização na produção de energia ocorre uma volta cíclica, gerando a chamada FF cíclica ou fechada (que ocorre concomitantemente a FF acíclica), onde a FD transporta o 3 º e 4º e- novamente para a PQ, fazendo com que eles percorram novamente esse caminho. Com essa volta cíclica de 2 e- antes de reduzir o 2º NADP+ a NADPH, gasta-se mais dois fótons de 700nm, mas gera o acúmulo de mais 2 H+ no lúmen, dando condições de sintetizar o 3º ATP.

Para o melhor entendimento assista o vídeo abaixo:


Link Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=J68k3NblrWs

Autores:Jessé Neves e Luane Bosetto.