domingo, 5 de julho de 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Absorção de Água pelas Folhas e sua Translocação para o Solo em Ambientes Nebulosos
No
ciclo regular de translocação da água em uma planta, ocorre a absorção hídrica
através do sistema radicular. O gradiente de potencial hídrico é gerado pela perda
de água nas folhas através da transpiração, fazendo com que a água seja
absorvida do solo pelas raízes, o que gera uma diferença de tensão no interior
dos vasos condutores, fazendo com que a água se movimente em direção às folhas,
ou seja, em direção à atmosfera. A transpiração das plantas é responsável por,
em média, 16% da umidade do ar, enquanto que aproximadamente 84% dessa umidade
atmosférica provém da evaporação dos oceanos (Figura 1), ou seja, nos locais
mais distantes do oceano, as plantas são as principais fontes de umidade para a
atmosfera (ZOLNERKEVIC, 2013).
Este
processo ocorre na maior parte das plantas terrestres encontradas no planeta,
entretanto, em algumas situações determinadas plantas se adaptaram às condições
climáticas de alta nebulosidade, realizando o processo inverso, transportando
água no sentido oposto, ou seja, das folhas até as raízes, fornecendo-a ao
solo, como pode ser observado na Figura 1.
Figura 1. Representação
do movimento da água nas diferentes condições topográficas (Adaptado de ZOLNERKEVIC,
2013).
ATMOSFERA
Para
que ocorra o movimento da água em direção ao solo, primeiramente é necessário
que vários fatores estejam em condições favoráveis, entre ela a atmosfera. Dado
que a absorção foliar só ocorre quando há deficiência na disponibilidade
hídrica do solo, associado com a névoa de florestas tropicais de altitude, a
incidência desse fenômeno é restrito
há algumas regiões (ELLER; LIMA; OLIVEIRA, 2013).
As
florestas tropicais de altitude, também conhecidas como florestas nebulosas, caracterizam-se
por ter frequentemente névoa recobrindo as copas das suas árvores. Essa
nebulosidade, em condições adequadas, condensa quando entra em contato com a
folha. Estas
características, tornam a atmosfera um importante fator para a absorção de água
via folhas. Segundo Eller, Lima
e Oliveira (2013), as gotículas de água podem influenciar até 42% do
teor de água da folha.
PLANTA
A
planta se encontrando em condições de nebulosidade, o movimento de água se dará
das folhas para o pecíolo, devido ao gradiente de potencial hídrico gerado pela
absorção foliar de água (GOLDSMITH, 2013). Até pouco tempo, acreditava-se que
este movimento inverso da água era impossível, devido à presença da cutícula,
fina camada impermeável que cobre a superfície das folhas, reduzindo
intensamente a perda de água, dificultando a absorção de água pelas folhas.
Contudo, pesquisas recentes revelaram que foram identificadas aproximadamente
70 espécies que são capazes de realizar a absorção foliar de água (ZOLNERKEVIC,
2013).
Recentemente
Eller, Lima e Oliveira (2013) constataram
que a água atravessa a cutícula e penetra na folha. Essa descoberta foi
feita, utilizando uma espécie lenhosa, encontrada em florestas ombrófilas,
através do uso de gotas de água contendo cristais fluorescentes pingadas sobre
folhas de casca-de-anta (Drimys
brasiliensis), em estufa. Posteriormente, demonstraram que a migração das
moléculas de água para o interior da folha ocorria porque os cristais de cera
da cutícula são estruturas complexas e dinâmicas, que têm a capacidade de se
rearranjar e modificar sua permeabilidade de acordo com a atmosfera sob a qual
a planta está exposta, em resposta às mudanças ambientais, que neste caso é a
saturação da massa de ar pelo vapor de água. As alterações na cutícula de
acordo com o ambiente podem ser observadas nas Figuras 2 e 3.
Figura 2. Diferenças
do comportamento da cutícula em ambientes com baixa ou alta umidade do ar e do
solo (Fonte: ZOLNERKEVIC, 2013).
Figura 3. Representação da absorção de água pelas folhas, em um corte transversal de uma folha C3.
Além das espécies encontradas em regiões montanhosas e com alta nebulosidade, existem outras espécies que também são capazes de realizar este transporte inverso da água. Li et al. (2014) avaliando a resposta da Tamarix ramosissima (espécie encontrada nas regiões desérticas do noroeste da China), quando exposta a uma atmosfera de alta umidade, constataram que a planta possui a capacidade de realizar a absorção foliar de água quando este órgão apresenta um baixo potencial hídrico.
Atualmente,
aceita-se que a água apresenta diferentes possibilidades de translocação dentro
da planta (Figura 4). A água movimenta-se de um local com maior potencial
hídrico (solo), para um local com menor potencial hídrico (atmosfera), este
seria o chamado movimento regular da água (Figura 4a). A situação apresentada
na Figura 4b, demonstra que o caule é a região com o menor potencial hídrico, dessa
forma, ocorre o fluxo regular da água, das raízes até o caule, em conjunto com
o fluxo inverso, onde a água adentra a folha e é transportada até o ponto de
menor potencial hídrico (caule). Quando o sistema com o menor potencial hídrico
for o solo, a água será ser transportada de forma inversa através de toda a
planta, ou seja, ocorrerá a absorção foliar e, em seguida, seu transporte
através do xilema até ser liberada no solo (Figura 4b). No solo, a água pode
percolar até um corpo hídrico próximo (lençol freático) ou permanecer
disponível para a planta, caso surja a necessidade de ser reabsorvida, o que
pode ocorrer, em caso de alteração no sentido do gradiente de potencial hídrico
(ELLER et al., 2013; GOLDSMITH, 2013).
Figura 4. Comparação
entre as diferentes possibilidades de movimentação da água no sistema
solo-planta-atmosfera (Fonte: GOLDSMITH, 2013).
SOLO
As
plantas que transportam água da atmosfera para o solo, através de suas raízes,
e também aquelas que redistribuem por meio destas segundo Neumann e Cardon
(2012), conseguem atingir grandes profundidades, minimizando a evaporação e,
portanto, disponibilizando por mais tempo água para as raízes. Este mecanismo
favorece a absorção dos nutrientes por estas plantas e contribui para
sobrevivência de organismos e microrganismos que habitam este local.
Prieto,
Armas e Pugnaire (2012) relataram em suas conclusões que os benefícios que a
planta possui são provenientes da umidade do solo, que favorece o crescimento e
o desenvolvimento radicular, a decomposição da matéria orgânica, e consequentemente
a ciclagem de nutrientes. A textura é a característica do solo que melhor indica
a quantidade de água a ser retida e dispobilizada à planta, bem como a
quantidade a ser cedida pela planta ao solo. O teor de água no solo afetará
diretamente a disponibilização e absorção de nutrientes pelas plantas.
A pesquisa de Eller, Lima e Oliveira (2013)
indica que solos secos de ambientes de floresta tropical montana nebular, devido
à baixa precipitação durante determinadas épocas do ano, induziram a D. brasilienses a se adaptar e fazer o
transporte inverso da água, quando de alta umidade no ar. Dessa forma, essa planta
contribui diretamente para a redistribuição hídrica no solo, diminuindo seu
déficit hídrico.
EFEITO AMBIENTAL DO TRANSPORTE
INVERSO
Esse
transporte de água tem a capacidade de gerar efeitos tanto sobre a própria
planta, quanto sobre o ambiente em que ela se localiza.
Um
dos efeitos estudados, na Serra da Mantiqueira (SP) foi a formação de
nascentes, onde alguns pesquisadores observaram a existência de um riacho que
nascia a cerca de 2 mil metros de altitude, onde se localizavam árvores
características dessa região, sendo elas de pequeno porte e com as folhas
pequenas. Essa vegetação tem a capacidade de reter a umidade através da condensação
do vapor d’água em suas folhas e do seu escorrimento para o solo, sendo que 30%
do volume dos rios dessa região são abastecidos desta forma. Entretanto, foi
descoberto que parte dessa água da neblina retorna ao solo por dentro das
árvores, de modo que, estudos comprovaram que as plantas desses locais têm a
capacidade de absorver a água da superfície foliar, processo que ocorre da
forma que foi discutida anteriormente (ZOLNERKEVIC, 2013).
CONCLUSÕES
Com
base em todas as informações estudadas, podemos concluir que o principal fator
que possibilita o transporte inverso da água, é o gradiente de potencial
hídrico existente entre o sistema solo-planta-atmosfera, sendo que a atmosfera
deve possuir condição de nebulosidade ou saturação de umidade, e o solo
apresentar déficit hídrico, por falta de precipitação.
Observamos
também que a morfologia e fisiologia de tais plantas, foram se adaptando para
manter sua sobrevivência em condições de falta de água no solo, disponibilizando
água para este, favorecendo a biota local e influenciando positivamente o
regime dos cursos hídricos.
REFERÊNCIAS
ELLER,
C.B.; LIMA, A.L.; OLIVEIRA, R.S. Foliar uptake of fog water and transport
belowground alleviates drought effects in the cloud forest tree species, Drimys brasiliensis (Winteraceae). New Phytologist, Cambridge, v. 199, n.
1, p. 151–162, jul. 2013.
GOLDSMITH,
G. R. Changing directions: the atmosphere–plant–soil continuum. New Phytologist, Cambridge, v. 199, n.
1, p. 4–6, jul. 2013.
LI, S.; XIAO, H.; ZHAO, L.; ZHOU, M.; WANG, F. Foliar
Water Uptake of Tamarix ramosissima
from an Atmosphere of High Humidity. The
Scientific World Journal, v. 2014, 10 p, 2014.
NEUMANN, R.B.;
CARDON, Z.G. The magnitude of hydraulic redistribution by plant roots: a review
and synthesis of empirical and modeling studies. New Phytologist, Cambridge, v. 194, n. 2, p. 337–352, abr. 2012.
PRIETO,
I.; ARMAS, C.; PUGNAIRE, F. I. Water release through plant roots: new insights
into its consequences at the plant and ecosystem level. New Phytologist,
Cambridge, v. 193, n. 4, p. 830–841, mar. 2012.
ZOLNERKEVIC,
I. Caminho Inverso. Pesquisa FAPESP,
São Paulo, ed. 208, jun. 2013.
AUTORES: Jessé Neves dos Santos, Luane Bosetto e Luiza Konrad Zastrutzki.
ORIENTAÇÃO: Silvana Ohse.
AUTORES: Jessé Neves dos Santos, Luane Bosetto e Luiza Konrad Zastrutzki.
ORIENTAÇÃO: Silvana Ohse.
domingo, 28 de setembro de 2014
Respiração: Cadeia Transportadora de Elétrons
A cadeia respiratória ocorre nas cristas da membrana
interna da mitocôndria, localizada entre o espaço intermembrana e a matriz
mitocondrial. Este processo é composto por complexos proteicos denominados:
Complexo I - NADH Desidrogenase, Complexo II - Succinato Desidrogenase,
Complexo III - Citocromo bc1, Complexo IV - Citocromo Oxidase (Cit.
Oxidase), as NAD(P)H Desidrogenases, Complexo V -ATP sintase e a Proteína
Desacopladora de Elétrons (UCP). Além das proteínas móveis Ubiquinona (UQ) e
Citocromo c (Cit. c).
A
cadeia respiratória se inicia com a oxidação das moléculas de NADH, FADH2
mitocondriais, além dos NADHs e NAD(P)Hs citoplasmáticos. O transporte de
elétrons através dos complexos I, III e IV geram acúmulo de prótons no Espaço
Intermembrana, de acordo com a molécula que inicia o processo. O NADH
mitocondrial e o FADH2 são oriundos do Ciclo de Krebs, o NADH
citoplasmático provém da Glicólise e o NAD(P)H da rota das pentoses fosfato.
NADH mitocondrial
A molécula de NADH mitocondrial é oxidada no complexo I,
o qual é reduzido ao receber os 2 elétrons do NADH. O complexo I ao ser oxidado
pela Ubiquinona transfere 4 prótons da Matriz Mitocondrial para o Espaço
Intermembrana.
A Ubiquinona é reduzida e transporta os elétrons para o Complexo
III, onde ocorre sua oxidação. Então o Cit. c se desloca até o Complexo III oxidando-o
e sendo reduzida por estes 2 elétrons. Quando o Complexo III é oxidado ocorre a
transferência de 4 prótons (H+) da Matriz Mitocondrial para o Espaço
Intermembrana.
O Cit. c em sua
forma reduzida se desloca até o Complexo IV, onde será oxidada e o Complexo
reduzido. Neste complexo, o par de elétrons será ligado a dois prótons e meia
molécula de O2 provenientes da Matriz mitocondrial, formando uma
molécula de H2O. Dessa forma, o Complexo IV irá transferir somente 2
Prótons da Matriz Mitocondrial para o Espaço Intermembrana.
A
oxidação dos NADHs mitocondriais geram um acúmulo de 10 Prótons no Espaço
Intermembrana, os quais serão transferidos de volta para a Matriz Mitocondrial através
das ATPsintases e das proteínas desacopladoras de elétrons. Para que haja a
síntese de 1 ATP é necessário o transporte de 4 H+, sendo 3 pela
ATPsintase e 1 pela UCP, assim, a oxidação dos NADHs mitocondriais geram o
acúmulo de 10 H+ no Espaço Intermembrana e a síntese de 2,5 ATPs.
NADH
citoplasmático
Os NADHs
provenientes do citoplasma (glicólise) são oxidados nas NAD(P)Hs Desidrogenases
periféricas, localizadas entre os Complexos I e II no lado voltado para o
Espaço Intermembrana. A NAD(P)H Desidrogenase reduzida (pelos 2 elétrons
oriundos da oxidação do NADH glicolítico) irá ser oxidada pela Ubiquinona (UQ).
A UQ reduzida se deslocar até o Complexo III, momento em que será oxidada.
O Complexo III
quando oxidado pelo Cit. c irá transferir 4 prótons da Matriz Mitocondrial para
o Espaço Intermembrana. Cit. c reduzindo irá se deslocar até o Complexo IV,
reduzindo-o e retornando a sua forma oxidada. OComplexo IV irá unir estes 2 elétrons
a 2 prótons provenientes da Matriz mitocondrial, reduzindo meia molécula de O2
a H2O. Sendo assim, o oxigênio é o aceptor final de elétrons da
cadeia respiratória.
A Oxidação de 1
NADH glicolítico leva ao acúmulo de 6 prótons no Espaço Intermembrana, sendo 4
no pelo Complexo III e 2 pelo Complexo IV. Os prótons serão transferidos de
volta para a Matriz Mitocondrial através das ATPsintases e das proteínas
desacopladoras de elétrons. Como para que haja a síntese de 1 ATP é necessário
o transporte de 4 H+, sendo 3 pela ATPsintase e 1 pela UCP, a
oxidação dos NADHs glicolíticos geram o acúmulo de 6 H+ no Espaço
Intermembrana e a síntese de 1,5 ATPs, devido ao consumo de 4 H+ por
ATP sintetizado.
FADH2
A oxidação da molécula
de FADH2 ocorre no Complexo II - Succinato Desidrogenase, libera uma
molécula de FAD+ na Matriz Mitocondrial e os 2 elétrons reduzem este
complexo. O Complexo II será oxidado pela ubiquinona, a qual será reduzida e
irá transferir este par elétrons para o Complexo III. O Cit. C, proteína móvel
entre o Complexo III e IV, irá oxidar o complexo III e reduzir o Complexo IV
(via transferência do par de elétrons). Quando o Complexo III doa o par de
elétrons ao Cit. C, transfere também 4 H+ para o Espaço
Intermembranas. O Complexo IV une os 2 elétrons a 2 H+, reduzindo
oxigênio a água, transferindo 2 H+ da Matriz Mitocondrial para o
Espaço Intermembranas.
A Oxidação de 1 FADH2 leva ao acúmulo de 6
prótons no Espaço Intermembrana, sendo 4 no pelo Complexo III e 2 pelo Complexo
IV. Os prótons serão transferidos de volta para a Matriz Mitocondrial através das
ATPsintases e das proteínas desacopladoras de elétrons. Como para que haja a
síntese de 1 ATP é necessário o transporte de 4 H+, sendo 3 pela
ATPsintase e 1 pela UCP, a oxidação dos FADH2 geram o acúmulo de 6 H+
no Espaço Intermembrana e a síntese de 1,5 ATPs, devido ao consumo de 4 H+
por ATP sintetizado.
Oxidase alternativa
A Ubiquinona
pode também transferir os elétrons para uma oxidase alternativa, reduzindo
nesta proteína meia molécula de O2 a H2O. Dessa forma, há
o acúmulo de 4 prótons no Espaço Intermembrana ocorrendo a síntese de 1 ATP.
Esta rota alternativa é utilizada quando já cessou o crescimento da planta, e
ela precisa de ATP apenas para completar seu ciclo de vida, ou quando da ação
de algum fator adverso.
Observe a representação geral da cadeia respiratória (Taiz & Zeiger, 2013):
Para o melhor entendimento assista o vídeo abaixo:
Link YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=GoCW6UopwtY
Autor: Jessé Neves dos Santos
Orientação: Profª Dr. Silvana Ohse
Respiração: Ciclo de Krebs
Nesta etapa da respiração,
também chamada de Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos, o piruvato é completamente oxidado
a CO2. Esse processo gera a maior parte do poder redutor (16 NADH +
4 FADH2 por sacarose) oriundo da quebra da sacarose, sendo responsável
também pela síntese de esqueletos carbônicos, que podem ser desviados para
outras rotas.
Na figura
abaixo (Taiz & Zaiger, 2013) pode-se ter uma visão geral do processo:
Veja mais detalhes sobre o Ciclo de Krebs no link abaixo (Alberts et al., 2010):
* Mais informações: “Links Interessantes”.
* Outras etapas da Respiração:
Glicólise (1ª etapa)
Cadeia Transportadora de Elétrons (3ª etapa)
* Outras etapas da Respiração:
Glicólise (1ª etapa)
Cadeia Transportadora de Elétrons (3ª etapa)
REFERÊNCIAS
ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P. 2010. Biologia Molecular da Célula. 5ªed. São Paulo: Artmed, 2010. 1268 p.
KERBAUY, G. B. Fisiologia vegetal. 2ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 431 p.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 918 p.
Autora: Luane Bosetto
Autora: Luane Bosetto
Respiração: Glicólise
A respiração
tem por principais objetivos o fornecimento de energia para a manutenção dos
processos metabólicos, além de fornecer esqueletos carbônicos para os processos
de divisão e diferenciação celular, através do desvio de tais compostos dos ciclos
envolvidos na respiração aeróbica, a qual, é um processo biológico pelo qual
compostos orgânicos reduzidos são mobilizados e subsequentemente oxidados de
maneira controlada.
A respiração é
dividida em 3 etapas: Glicólise, Ciclo de Krebs e Cadeia Respiratória. Na
figura abaixo (Taiz & Zeiger, 2013) pode-se ter uma visão geral da
respiração:
GLICÓLISE
A respiração
dá-se início com a fosforilação de uma hexose (geralmente glicose) no citossol.
Na glicólise (glykos: açúcar; lysis: quebra), também chamada de fase
citossólica da respiração, a glicólise é parcialmente degradada a piruvato.
Esse processo rende uma pequena quantidade de energia como ATP e exerce poder
redutor sob a forma do nucleotídeo nicotinamida reduzido, NADH. Observe a
figura abaixo (Taiz & Zeiger, 2013):
Veja mais detalhes sobre a glicólise no link abaixo (Alberts et al., 2010):
* Mais informações: “Links Interessantes”.
* Outras etapas da Respiração:
Ciclo de Krebs (2ª etapa)
Cadeia Transportadora de Elétrons (3ª etapa)
* Outras etapas da Respiração:
Ciclo de Krebs (2ª etapa)
Cadeia Transportadora de Elétrons (3ª etapa)
REFERÊNCIAS
ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P.
2010. Biologia Molecular da Célula. 5ªed. São Paulo: Artmed, 2010. 1268 p.
KERBAUY, G. B. Fisiologia vegetal. 2ªed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 431 p.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia
vegetal. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 918 p.
Autora: Luane Bosetto
Autora: Luane Bosetto
sábado, 6 de setembro de 2014
Transporte no Floema
O
floema é um tecido vivo responsável pelo transporte de fotoassimilados, principalmente.
É composto por esclerênquima (sustentação), parênquima (armazenamento e
preenchimento) e pelo complexo Célula Companheira/Elemento de Tubo Crivado
(CC/ETC). As principais substâncias transportadas no floema são:
· Açúcares: sacarose e oligossacarídeos
(rafinose, estaquiose e verbascose);
· D-sorbitol;
· D-manitol;
· Aminoácidos (aspartato, glutamato);
· Amidas (asparagina, glutamina);
· Fitormônios;
· Nutrientes.
O
principal composto transportado pelo floema é a sacarose, a qual é produzida no
mesofilo em plantas C3 e na bainha vascular em plantas C4, sendo carregada no
elemento de tubo crivado (ETC) na região da fonte. O aumento da concentração de
sacarose no ETC reduz o potencial osmótico (Ψos), reduzindo
consequentemente o potencial hídrico (Ψh). Quando o Ψh no
ETC da fonte se tornar mais negativo que o Ψh do xilema adjacente
(feixe vascular), a água se deslocará do xilema para o floema, aumento o
potencial de pressão (Ψp) do ETC. Fato que ocorrerá até a máxima
extensibilidade do ETC, momento em que a solução
(água+fotoassimilados+nutrientes, etc.) fluirá por fluxo de massa (movimento de
moléculas em conjunto a favor de um gradiente de pressão) para o dreno mais
próximo através dos ETCs. No dreno os fotoassimilados serão descarregadas do
CC/ETC para as células adjacentes, o que aumentará o Ψh do ETC no
dreno e, quando este se tornar maior que o Ψh do xilema adjacente a
água fluirá para o xilema, reduzindo novamente a pressão no ETC do dreno e,
permitindo que o fluxo continue até completa diferenciação do dreno.
Autora: Luane Bosetto
Orientação: Profª Dr. Silvana Ohse
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