sábado, 6 de setembro de 2014

Carregamento do Floema

Existem duas formas de carregamento do floema, por rota simplástica ou apoplástica, a depender da presença ou ausência de plasmodesmos entre o complexo Célula Companheira/Elemento de Tubo Crivado (CC/ETC) e as células adjacentes a este, as quais são as células parenquimáticas do floema (CPF).

ROTA APOPLÁSTICA
Carregamento apoplástico em plantas C3.
Plantas C3
Em plantas C3 a sacarose (S), principal fotoassimilado, é produzida no citoplasma das células do mesofilo, podendo ser transportada por rota simplástica até o complexo Célula Companheira/Elemento de Tubo Crivado (CC/ETC) do floema, ou seja, via plasmodesmos. Neste caso, a célula companheira é também chamada de célula ordinária.
A rota apoplástica ocorre quando a sacarose encontra poucos ou nenhum plasmodesmos entre o complexo CC/ETC e as células adjacentes. Dessa forma, a sacarose advinda do mesofilo por rota simplástica é obrigada a sair para o apoplasto para então ser carregada no CC/ETC. A sacarose sai das células parenquimáticas através de proteínas transportadoras presentes na membrana plasmática destas células por transporte passivo (T.P.), o que ocorre pelo fato de que tal transporte ser a favor do gradiente de concentração. Do apoplasto para o CC/ETC, ou seja, o carregamento do floema, o transporte de sacarose será ativo secundário simporte (T.A.S.S.), uma vez que a sacarose será transportada conjuntamente com um H+ através de proteínas transportadora contra o seu gradiente de concentração, processo que gera o acúmulo do fotossintato no ETC.
OCORRÊNCIA: soja, feijão, trigo, cevada, canola etc.
Plantas C4
Nas plantas C4, o transporte de sacarose e seu carregamento no CC/ETC se dá mesma forma que em plantas C3 quando da presença de poucos ou nenhum plasmodesmos entre o complexo CC/ETC e as células adjacentes. No entanto, o processo inicia nas células da bainha vascular, uma vez que a sacarose, produto final da fotossíntese, só é produzida nestas células, devido à compartimentalização da RUBISCO.
OCORRÊNCIA: milho, cana-de-açúcar etc.
Carregamento apoplástico em plantas C3.

ROTA SIMPLÁSTICA
Carregamento simplástico em plantas C3.
Em plantas C3, a sacarose produzida no citoplasma das células do mesofilo será transportada por rota simplástica até a célula companheira, neste caso, também chamada de célula intermediária, visto que, o complexo CC/ETC encontra-se intimamente ligado às células adjacentes por plasmodesmos. Por essa razão o carregamento será passivo, ou seja, por rota simplástica.
A fim de que as moléculas de sacarose não refluam do complexo ETC/CC para as células adjacentes, elas são reduzidas a oligossacarídeos (maiores que a sacarose), tais como rafinose (sacarose + galactose), estaquiose (sacarose + 2 galactoses) e verbascose (sacarose + 3 galactoses), este processo é denominado “Aprisionamento de Polímeros”. Isto ocorre devido à presença de enzimas específicas, como por exemplo, a rafinose sintase, que catalisam as reduções, o que explica o fato deste processo não ocorrer em células ordinárias, já que nestas células não há tais enzimas.
Em plantas C4, o processo ocorre da mesma maneira, entretanto, inicia-se nas células da bainha vascular.
OCORRÊNCIA: Coleus, melão e abobrinha.

Carregamento simplástico em plantas C3.

Autora: Luane Bosetto
Orientação: Profª Dr. Silvana Ohse

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